MEU RELÓGIO BIOLÓGICO É UM CRONÔMETRO Aliás, tempo sempre foi tudo na minha vida. Para que esperar 9 meses para nascer? Fiz em 7 e meio. Engatinhei cedo e dispensei o andador. Andar não é comigo. Tanto que o primeiro passo que dei passou despercebido pela corridinha logo a seguir. Hoje não é diferente: Acordo pensando em correr, durmo pensando em correr. Só não vou para a cama de tênis porque nenhum pijama combina com ele. Se um dia oferecerem uma biografia abro mão pelo livro dos recordes. Só não contem comigo na noite de autógrafos: Nessa hora, estou correndo. Campanha Publicitária da Mizuno

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Mundo Das Marcas: NEWTON RUNNING

Mundo Das Marcas: NEWTON RUNNING


No mundo dos pequenos e médios negócios vigora a crença de que é preciso fazer de tudo para fugir da concorrência com grandes empresas. E foi justamente o contrário que a americana NEWTON RUNNING fez ao ingressar na fabricação e venda de tênis de corrida, e literalmente bater de frente com nomes poderosíssimos como Nike, Adidas e Asics. Surpreendentemente, a NEWTON RUNNING vem dando certo, e com seus tênis de cores vibrantes e cheios de tecnologia está começando a “tirar o sono” de marcas que outra reinavam absolutas neste segmento de mercado.
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A história
Tudo começou quando Brian Russell, ao fazer seu habitual treino de corrida, divagou embalado pelos próprios passos, sobre a biomecânica dos pés. Durante boa parte do percurso, ele refletiu sobre quais ossos pisavam primeiro, como o tornozelo rotacionava, qual seria a forma mais rápida de correr e como um pé descalço reagia a um solo macio. Com base nessas divagações, cogitou desenvolver um novo tênis que tivesse o sistema de amortecimento no centro e na frente do calçado, e não no calcanhar, como na maioria dos modelos disponíveis no mercado, destinado a quem corre pisando primeiro com a frente do pé. Russell, um inventor profissional, já tinha criado várias geringonças, como uma turbina eletromagnética movida a vento e um aparelho de ginástica para pernas. Graças a este último, havia participado de uma feira de corrida, onde conheceu algumas pessoas praticantes do esporte.
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Por intermédio da neozelandesa Lorraine Moller, medalha de bronze na Olimpíada de Barcelona, ele foi apresentado ao empresário Danny Abshire, que viria a ser seu parceiro na execução do novo tênis. Abshire era um profissional conhecido no meio esportivo, trabalhava fornecendo produtos ortopédicos para aliviar dores causadas por lesões. Quando viu os primeiros esboços do tênis pensado por Russell, reconheceu, ali, uma inovação. O mecanismo de amortecimento consistia numa membrana aliada a um sistema de câmaras que, no momento da pisada, diminui o impacto da frente do pé e, a seguir, impulsiona o corredor. Abshire gostou da idéia e convenceu Jerry Lee, proprietário do imóvel onde funcionava seu escritório, a investir US$ 100.000 dólares no negócio.
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-A proposta inicial era desenvolver a tecnologia, patenteá-la e vender a licença aos grandes fabricantes. Com os protótipos e as patentes registradas, durante três anos os sócios tentaram vender a proposta. Algumas empresas, como a Adidas, até ouviram suas explicações, mas acharam que a execução poderia sair cara demais. Havia ainda os obstáculos da falta de escala de um público restrito. Os três empreendedores decidiram então prosseguir sozinhos. Abshire procurou um consultor que já tinha trabalhado com a Adidas e que podia auxiliá-lo a encontrar designers freelancers de sapatos. O primeiro tênis, o Bri-tek, era meio esquisito, com o calcanhar e a ponta dos pés exagerados. Mesmo assim, o trio decidiu apostar nele e criou um site para comercializá-lo.
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-Poucas pessoas apareceram. Na falta de consumidores, o calçado não pôde ser confeccionado em escala. Quem já tinha encomendado o produto recebeu seu dinheiro de volta. Nesse momento, Lee pensou em desistir. A cartada seguinte foi drástica: Lee e Abshire decidiram continuar o negócio - mas não sem antes tirar Russell da sociedade. “Eu meio que fui expulso”, disse Russell, que vendeu as patentes à dupla e firmou um contrato de consultoria de cinco anos com os empreendedores remanescentes do negócio. Outra mudança radical ocorreu no design. O calçado foi completamente redesenhado pelos próprios empreendedores. A essa altura, eles já entendiam muito sobre tênis de corrida. O resultado foi um produto mais leve, bonito e funcional.--Os modelos foram enviados a uma fábrica chinesa, que confeccionou os calçados. O nome da marca também mudou. De Bri-tek, passou a se chamar NEWTON RUNNING. A idéia era fazer uma alusão à terceira Lei de Newton, segundo a qual para toda ação há uma reação, que estava na base do mecanismo. O novo nome evocava não apenas movimento, mas também ciência e pesquisas. Muitos detalhes, como embalagens e logotipo da marca, foram pensados com base nesse conceito. Os calçados começaram a ser vendidos em março de 2007 inicialmente pela Internet. Com design diferente para homens e mulheres, estavam disponíveis modelos de amortecimento e de controle de movimento, cada um com versão para treino e para competição. Somente nesse ano foram vendidos cerca de 30.000 pares da marca, cada um por mais de US$ 150 dólares, faixa de preço alta para esse mercado.
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-E não demorou muito para que vários atletas profissionais americanos e estrangeiros, como o australiano Craig Alexander, campeão do Ironman Triatlon, aprovassem a qualidade dos tênis da NEWTON RUNNING. Com o passar do tempo, alguns outros atletas, como a australiana Michellie Jones e a suíça Natascha Badmann, aderiram ao revolucionário calçado. Uma das últimas novidades da marca são os tênis para treinamento Sir (masculino) e Lady Isaac (feminino), indicados para um período de transição na alteração da pisada (ao invés de encostar primeiro o calcanhar no chão, passa a tocar no solo primeiro com a parte anterior do pé).
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-Em 2009 a NEWTON RUNNING voltou a chamar a atenção do mercado. Mas, desta vez pela embalagem: uma caixa extremamente inovadora, feita 100% com material reciclado pós-consumo, que possui um formato que se encaixa diretamente no tênis, fazendo com que o uso de papel de seda seja desnecessário. Os fundadores da empresa garantem que o melhor mesmo é pisar primeiro com a frente dos pés, pois esse hábito evitaria lesões nos joelhos. Eles também gostam de dizer que, embora a maior parte das pessoas corra pisando primeiro com o calcanhar, o percentual de quem pisa primeiro com a frente dos pés cresce bastante quando se observam os atletas mais rápidos. A proposta parece estar convencendo muita gente. Por enquanto, a empresa está otimista e acelerara os planos de levar os tênis a mais lojas especializadas.
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Veja a excelente matéria completa no Blog http://mundodasmarcas.blogspot.com, ou click no link logo acima

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